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RESENHA: A Garota Que Bebeu a Lua | Kelly Barnhill


Título Original: The Girl Who Dranks the Moon

Gênero: Fantasia, Infanto-Juvenil

Tradução: Natalie Gerhardt

Editora: Galera Record

Ano de Publicação (BR): 2018

Número de Páginas: 308

Minha Nota: 4 de 5

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Sinopse:

Uma fábula sobre aceitação, amor, amadurecimento e o poder da memória. Da autora de O Filho da Feiticeira, considerado o Livro do Ano pelo Washington Post. Todo ano o povo do Protetorado deixa um bebê como oferenda para a Bruxa que vive na floresta, na esperança de que o sacrifício a impeça de aterrorizar sua pequena cidade protegida pelos muros e pela Torre das Irmãs da Guarda. Mas, Xan, a Bruxa na floresta, ao contrário do que eles acreditam, é bondosa. Ela vive em paz com um Monstro do Pântano muito inteligente e um Dragão Perfeitamente Minúsculo. Todo ano ela resgata o bebê deixado pelos Anciãos e o leva em segurança para uma família adotiva em uma das Cidades Livres do outro lado da floresta. Durante a longa viagem, quando a comida acaba, Xan alimenta os bebês com luz estelar. Em uma dessas ocasiões ela acidentalmente oferece a um deles a luz do luar, dotando a menininha de uma magia extraordinária. A bruxa então decide criar a menina “embruxada”, a quem chama de Luna. Conforme o aniversário de treze anos da menina se aproxima, sua magia começa a aflorar – e pode colocar em perigo a própria Luna e todos à sua volta.

 

Eu definitivamente não sei por onde começar essa resenha. Eu muita coisa para falar sobre esse livro. É uma história com muito potencial e muito bem escrita, mas temos algumas falhas também. Então, vamos começar essa resenha sem enrolação!

"Todos os anos, eu levava o bebê pela floresta para uma nova família que o amaria e o manteria em segurança. Cometi o erro de não ser curiosa. Cometi o erro de não questionar. Mas a tristeza pairava sobre aquele lugar, como uma nuvem, e eu saía de lá o mais rápido possível."

Esse livro é o típico livro que você deve ler se você estiver bem na onda da fantasia. Várias coisas me chamaram a atenção nessa história, e, dentre elas, estão a originalidade e a criatividade usada pela autora para a construção desse universo que nos é apresentado. Não é atoa que esse livro ganhou um dos mais importantes prêmios da literatura americana, o Newbery de 2017.


A autora usa sua imaginação ao extremo nesse livro. Um mundo de coisas novas e mitologias nos é apresentado aqui. Mesmo que a história principal gire em torno da garota que bebeu a Lua, a história que nos é apresentada durante a história começa com os primórdios do planeta, ou seja, com o Charco. Todo o cenário é muito bem construído e é por isso que eu estou doidinho para ver uma animação desse livro. PELO AMOR DE DEUS NETFLIX, COMPRA OS DIREITOS DESSE LIVRO!


Os personagens nesse livro são MUITO bem trabalhados. A história alterna capítulos entre a visão da garota e de um jovem que estava no dia em que ela foi entregue a bruxa. Eu nunca li um livro que eu me enxerguei tanto em um personagem como me enxerguei nesse garoto. Parecia que eu estava vivenciando aquela história no meu dia a dia, o que tornou a leitura muito prazerosa. Eu fiquei com aquela sensação de não querer acabar o livro, o que eu não sentia a muito tempo.


A história também conta com cenas MUITO marcantes. Essas cenas são tão especiais de certa maneira que eu me vejo lendo elas até hoje. O livro também é muito bem escrito, o que contribui para com que essas passagens sejam memoráveis. A autora tem seu jeito próprio e poético de escrever. Eu já vi escritas muito parecidas, mas nenhuma me ocou como essa. Sinceramente, é um dos pontos mais altos do livro.


"As pessoas podem aprender a aceitar sua sina na vida. Podem aprender que nem toda ação tem importância. Seus dias continuam nublados, como devem ser. Não há maior presente que esse."


Sobre os pontos negativos do livro, já adianto que não são muitos. alguns podem até passar despercebidos se a leitura realizada for mais superficial.


Um deles são as passagens desnecessárias. NOSSA! Eu tava lendo e dizendo "E onde as coisas começam a acontecer, gente?". Eu havia chegado nos 75% do livro e não havia acontecido nada, além das cenas marcantes, das descrições de cenário e do desenvolvimento dos personagens. Fora isso, nada que fosse importante para a história em si. Não que eu goste de livros previsíveis, mas não parecia que iria acontecer algo no final da história. Na minha cabeça, o gráfico de passagens do livro continuaria reto e acabaria reto. Sem subidas e nem descidas. Esse foi o pior ponto do livro, na minha humilde e sincera opinião.


Assim como existem cenas muito bem elaboradas e escritas no livro, existem cenas que bem "Sessão da Tarde". Eu creio que o que deixa elas assim são os diálogos. Algumas frases de efeito são muito mal encaixadas e, em (poucos) momentos do livro, eu pensava "Nossa, aquela frase de fulano seria muito bem usada aqui!". Isso me estressou um pouco, mas nada com que tornasse minha leitura pior.


— Você — disse enfim uma das Irmãs. — Você nos deixou — declarou outra. — Jamais ninguém nos deixou antes — afirmou uma terceira. — Eu sei — respondeu Ethyne. — Conhecimento é realmente um poder terrível.

Resumindo a resenha, eu gostei bastante desse livro. Eu tirei ensinamentos dele que irei levar para toda a vida! Eu recomendaria a uma pessoa que gosta muito de livros com uma fantasia bem gostosinha de ler e uma mitologia muito rica. Esse livro não me chamou a atenção apenas pela capa, mas também pelo fato de que a escrita da autora é única (e eu adoro isso em livros).

 

Sobre a autora:


Kelly Barnhill é uma autora americana de literatura infantil, fantasia e ficção científica. Seu romance A garota que bebeu a lua foi premiado com a Medalha Newbery 2017.


Ela é a vencedora do prêmio Pais Choice Gold, do prêmio Bluebonnet da Associação de Bibliotecas do Texas e do Charlotte Huck Honor. Ela também foi finalista do Minnesota Book Award, do Andre Norton Award e do prêmio literário PEN / USA.


 

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<3 Uma ótima leitura para vocês <3

Marco Túlio G. Evaristo
13 anos. Leitor voraz. Adora literatura, viagens, música e séries. Músico com especialização em Bateria. Nasceu em uma cidade no interior de Minas Gerais, Itabira. Fantasia é o gênero do seu primeiro livro: “Coragem Submersa”. Autor do Sea of Books Channel/Blog. Acredita que quem não gosta de ler ainda não achou o livro certo.
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