RESENHA: Juntos Somos Eternos

Título Original: The Serpent King

Tradutor(a): Guilherme Miranda

Gênero: Young Adult

Editora: Seguinte

Ano de Publicação: 2018

Número de Páginas: 344

Minha Nota: 5 de 5 <3

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Sinopse:

Dill não é um garoto popular na escola — e não é culpa dele. Depois de seu pai se envolver em um escândalo, o garoto se tornou alvo de piadas dos colegas e passou a ser evitado pela maioria das pessoas na cidadezinha onde mora.

Felizmente, ele pode contar com seus melhores amigos, Travis e Lydia, que se sentem tão excluídos ali quanto ele. Assim que os três começam o último ano do ensino médio, mudar de vida parece um sonho cada vez mais distante para Dill. Enquanto Travis está feliz em continuar no interior e Lydia pretende fazer faculdade em uma cidade grande, Dill carrega o peso das dívidas que seu pai deixou para trás. Só que o futuro nem sempre segue nossos planos — e a vida de Dill, Travis e Lydia está prestes a mudar para sempre.

Eu fiquei surpreso! Esse livro amarrou um notável nó em minha garganta. Com uma sensibilidade indescritível, o autor consegue te transportar para dentro da história com os personagens mais calorosos e que te fazem querer guarda-los em um potinho para o resto da vida. Esse pode ser considerado um livro único, forte e tocante.

Não é do fetiche de ninguém ficar surpreso quando eu falo de personagens por aqui. Afinal, eles constroem a trama! E é exatamente isso que acontece em Juntos Somos Eternos. Os personagens são o motivo de tudo e a forma como os problemas cotidianos de cada um deles são retratados (e, no caso, como eles se entrelaçam no final) fazem do livro ser único. Nós temos três realidades diferentes e iguais ao mesmo tempo. O autor deixa claro que há um manifesto na história: todos nós passaremos por problemas um dia.

Esse livro me mudou. Juntos Somos Eternos me fez prezar as coisas que são mais importantes para mim, ele me ensinou a me agradar como ser humano. Embora o personagem principal seja o Dill, outro desses personagens me chamou a atenção. E o nome dele é Travis. Ele representa milhões de pessoas que sofrem dentro de suas próprias casas com a violência. A história não gira em torno desse ponto, muito pelo contrário. Entretanto, é conveniente cita-lo aqui, pois isso faz do livro O LIVRO.

Outra personagem que merece destaque é a Lydia. Ela representa uma garota que sonha muito alto e tem uma realidade muito ampla, cheia de escolhas e oportunidades. Apesar disso, ela me impactou com a sua forma de ser e sua "solidariedade" com os demais personagens. Lydia também me ensinou como a você tem que correr atrás das oportunidades e, mesmo assim, ajudar quem precisa e leva-los com você, pois talvez, por N motivos, as oportunidades sempre serão diferentes. Os rumos, os destinos de cada um sempre serão diferentes. Os três juntos me ensinaram que a vida é sua. Você é o único entre bilhões de pessoas no mundo e ninguém é igual a você (meio clichê, mas está valendo hahaha).

Eu preciso admitir para vocês que a escrita do Jeff tocou em minha ferida em alguns momentos. Em um deles, em específico. No começo do livro, uma escrita poética, encantadora nos é apresentada. Demora um pouco para você engatar nesse ramo, mas depois que você se acostuma... Essa "fase" prossegue até o clímax, que é o ponto exato em que as coisas e ensinamentos mais fortes vão começar a emergir. Jeff nos mostra como as coisas podem acontecer muito rápido e que, em um segundo, tudo pode mudar.

Eu chorei com esse livro. Foi uma experiência única mesmo. É muito difícil uma história me prender tanto quanto essa prendeu. Eu não sou acostumado a me apegar a histórias como essa, mas... Aconteceu!

Vários pontos importantes são mencionados em Juntos Somos Eternos e a atenção do livro está, em primeiro lugar, na experiência de cada um que fará com que a história seja o que ela é para o leitor e, em segundo lugar, nos personagens.

Não irei prometer nada, mas, talvez, esse livro poderá entrar no Book's Award de 2019! Eu disse TALVEZ gente!

;)

Sobre o autor:

Jeff Zentner começou escrevendo músicas. Cantor e guitarrista, já gravou com Iggy Pop, Nick Cavem e Debbie Harry. Passou a se interessar pela literatura jovem adulta depois de trabalhar como voluntário em acampamentos de rock no Tennessee. Morou no Brasil por dois anos, na região da Amazônia, e hoje vive em Nashville com a esposa e o filho.