RESENHA: A Guerra Que Salvou a Minha Vida
- Marco Túlio G. Evaristo
- 19 de dez. de 2017
- 3 min de leitura
Ficha:

Editora: DarkSide Books
Selo: Dark Love
Ano de Publicação (Brasil): 2017
Número de Páginas: 240
Sinopse: "Ada tem dez anos (ao menos é o que ela acha). A menina nunca saiu de casa, para não envergonhar a mãe na frente dos outros. Da janela, vê o irmão brincar, correr, pular – coisas que qualquer criança sabe fazer. Qualquer criança que não tenha nascido com um “pé torto” como o seu. Trancada num apartamento, Ada cuida da casa e do irmão sozinha, além de ter que escapar dos maus-tratos diários que sofre da mãe. Ainda bem que há uma guerra se aproximando."
Vocês podem me julgar, mas tenho um certo apego por livros infantis que trazem uma linda mensagem por trás de tudo. A DarkSide Books, como com todos os livros, me surpreendeu com uma edição maravilhosa (tanto por fora quanto por dentro). Todo o carinho que eles tiveram com o livro é impressionante. Adoro essa capa que me remete um livro infanto juvenil e uma guerra. Todas as entradas de capítulos são muito bem trabalhadas e, no início do livro, podemos ver fotos de crianças vivendo no período segunda guerra mundial. Uma incrível folha de guarda e aquela fitinha.........
Tudo isso deu vontade de ler e não me arrependo nem um pouco!

Ada é uma personagem incrível e que remete muito a minha infância, pois, quando era menor, também tinha medo de sair de casa, pois me considerava esquito por causa do cabelo (ruivo), então preferia ficar no meu quarto. A Ada sofre todos os dias ao ver da janela o irmão brincando no jardim e não poder fazer aquilo também porque tinha "deficiência" nos pés.
Tudo isso descia pela minha garganta e eu ficava sem palavras para descrever o quão era ruim. Seu irmão menor, Jamie, as vezes saia do controle e isso me deixava um pouco irritado. Ele sabia que a irmã estava passando por momentos turbulentos e ele a irrita e fazia muita coisa errada, ou, até mesmo, jogando na cara dela que ela tinha um certo problema com os pés. A Srta. Smith é um amor de pessoa que dá tudo o que tem para eles. Ela é muito paciente e adorei como ela foi apresentada e retratada no livro.

Não é um livro tão complexo como pensei que seria. Tem um vocabulário simples, infantil e que todos entendemos. A história é muito bem construída e o cenário é muito bem retratado. Da para perceber nos mínimos detalhes que a autora pesquisou e estudou sobre aquilo. O livro é super curtinho e dá para você ler em um dia, claro, se devorar o livro.
No livro, há algumas frases marcantes que fazem dele ser um livro com uma escrita poética e ilustrativa. A autora apresenta elementos sentimentais e elementos ilustrativos de forma simples e bonita. A narrativa é no ponto de vista da personagem principal, então podemos conhecer melhor sobre seus pensamentos e o que se passa na cabeça dela.

Vemos no livro uma coisa incomum que nem todos tem. Vemos o amor por tudo o que a autora criou e vemos os sonhos sendo realizados de maneira intensa e significativa. Vemos coisas que nem imaginava que veríamos. O livro não é nada previsível. Você pode até ter suas teorias, mas Kimberly Bradley ainda irá te surpreender de tal forma que você não vai acreditar.
Sem sombras de dúvidas, esse livro merecia sim ganhar o prêmio "Newberry Honor" nos Estados Unidos da América (E.U.A.).
Além de ter ganhado o prêmio, foi adaptado como livro didático de literatura em várias escolas do mundo todo por retratar tão bem a questão da segunda guerra mundial e dos conflitos gerados por causa dela.
Kimberly merece todo o meu respeito, por "construir" um belo universo externo (guerra e cenário) quanto interno (pensamentos da Ada)!
"Nossa coragem, nossa disposição e nossa determinação nos levarão à vitória.” [p. 68]
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