RESENHA: Estamos Bem
- Marco Túlio G. Evaristo
- 28 de out. de 2017
- 2 min de leitura
Olá pessoal, como vocês estão?
Há alguns dias atrás, eu li um MARAVILHOSO livro da Nina LaCour chamado "Estamos Bem". Se quiser conferir mais sobre a história e sobre a minha opinião é só continuar lendo!

HISTÓRIA:
Marin perdeu a mãe, o pai e recentemente o avô. Ela está sozinha nesse planeta com alguns bons e velhos amigos que fez na sua cidade natal: São Francisco. O feriado em comemoração do Natal chegou e ela está sozinha na faculdade com o zelador (pois não tem parentes para visitar). Até que uma amiga de São Francisco resolve aparecer em NYC (local da faculdade). Estou falando da Mabel. Marin e Mabel fortalecem a amizade delas dentro do alojamento. Mabel já está quase indo embora e convida Marin para voltar com ela e rever os amigos, mas Mabel diz que não quer voltar por certos motivos. Mabel trás esses amigos para a cidade e o desenrolar da história acontece.
OPINIÃO:
Eu adorei o livro! Li ele com menos de três dias, pois a escrita da autora flui muito rapidamente. A escrita é poética e marquei no total 12 post-its com frases que ADOREI! É também um trabalho gráfico incrível da Plataforma 21 e um cuidado IMENSAMENTE grande. Cada detalhe da edição me encanta. As personagens são muito fortes e muito bem construídas. Ela retrata sem detalhes os personagens terciários (que seriam o zelador, amigos de infância, etc.) de uma forma que eles tenham seu lugar definido na história. Ela sabe encaixar cada cena em seu devido lugar. Os capítulos são intercalados pela infância de Marin e a atualidade no alojamento. Conhecemos também o avô moderno da Marin, que escreve cartas para uma mulher (que quando descobri algo no final do livro sobre esse assunto eu delirei, hahaha), sabe utilizar o PhotoShop, era surfista quando adolescente e joga Poker com os amigos. A melhor citação do livro (na minha opinião) está na página 89, que diz:
"Acreditava que era mais o contrário. Eu tinha afastado a dor. E a encontrara nos livros. Chorava pela ficção em vez de chorar pela verdade. A verdade era irrestrita, sem enfeites. Não havia linguagem poética nela, nem borboletas amarelas, nem inundações épicas. Não havia uma cidade presa embaixo d'água nem gerações de homens com o mesmo nome, destinados a repetir os mesmos erros. A verdade era ampla o bastante para se afogar nela."
Eu chorei ao ler essa frase, embora na citação esteja falando para não chorar com a ficção, e sim, com a verdade. Foi um dos melhores livros do ano e com certeza eu colocarei no meu TOP 15 anual.
Espero que tenham gostado!!!
Um BIG beijo e um GRANDE queijo!!!
Marco Túlio G. Evaristo
Comentarios