RESENHA: Ecos | Pam Muñoz Ryan
- Marco Túlio G. Evaristo
- 24 de out. de 2017
- 4 min de leitura
FICHA:

Editora: DarkSide Books
Selo: DarkLove
Ano de Publicação (Brasil): 2017
Número de Páginas: 368
Sinopse: Três irmãs chamadas Eins, Zwei e Drei. Um, Dois e Três. Três princesas que escaparam das garras da morte para se tornar prisioneiras de uma bruxa. A única maneira que elas têm para quebrar o feitiço e escapar da floresta onde vivem é através da música. Uma harmonia em três vozes capaz de viajar pelo tempo e espaço, e tocar profundamente a vida das pessoas que a escutam.
O livro, além de ser muitooooooo bonito, tem uma história muito cothoca! A DarkSide Books fez um trabalho e tanto nesse livro, pois a edição está arrasando qualquer outra. A fitinha, a folha de guarda com duas cores, a capa, a edição por dentro das folha e o corte laranja neon!
Por dentro do livro podemos perceber muitos galhos e muitas folhas, páginas negras contando a história principal do livro, notas musicais e muitas coisas maravilhosas! Com bastante certeza, esse é um dos livros mais bonitos da minha estante.

O livro é dividido em três histórias com três personagens cada. Eu (particularmente) gostei mais da segunda história que já irei falar, mas...
1º - Friedrich é um garoto que vive na Alemanha com o pai e tem o sonho de se tornar maestro, mas o partido nazista pode destruir esse sonho com somente um toque.
2º - Mike é um pianista e musico que luta para sobreviver no orfanato e para não separado do seu irmão mais novo, Frankie. Eles são adotados por uma senhora musicista e vão participar de um concurso, mas acabam descobrindo várias verdades escondidas por detrás das pessoas.
3º - Ivy é filha de imigrantes mexicanos e, junto aos pais, vai tomar conta de uma casa de japoneses que foram enviados a um campo de concentração dentro dos E.U.A durante a segunda guerra.

A Pam não é mais criança, mas sabe muito bem como é ser uma e o que se passa dentro da cabeça delas. O livro retrata três histórias focadas no poder infantil contra a segunda guerra e a musica. Adorei o livro pois, para quem não sabe, sou músico (baterista) e me identifiquei muito com a história.
Friedrich é uma criança que, além de ter que enfrentar uma guerra, enfrenta o bullying na escola por causa de suas mãos que não param de mexer devido ao sonho de ser maestro. Ele tem uma irmã pianista que foi para o lado nazista e que quer o levar também, mas seu pai é capturado e ele vai tentar resgata-lo.
Adorei essa temática de bullying e segunda guerra, pois são dois assuntos que vivenciamos hoje e esse livro, apesar de ter sido escrito recentemente, se passa entre 1933 e 1942. Isso mostra que o ser humano não evoluiu tanto quanto pensamos que teria evoluído!
Mike é um pianista que vive dentro de um orfanato com o irmão e, logo no início da história são adotados por uma senhora musicista, mas, assim que chegam na casa, a senhora não quer saber deles e eles acabam fazendo amizade com os empregados. Eles vão participar de um concurso e acabam descobrindo verdades ocultadas.
Adorei também o desfecho dessa trama. Foi, com bastante certeza, a história que mais gostei. O irmão do Mike é muito fofo e dá vontade de guardar em um pote e nunca mais deixar ele sair de lá (hahaha)!!!
O Mike, pelo descrito da autora, com certeza é um prodígio e, lendo o livro, pensei: "Como várias crianças prodígios ainda estão escondidas?". Tirei a conclusão de que devemos dar tudo de nós e mostrar o nosso talento nas pequenas coisas do dia a dia!

Ivy é uma garota que tem pais que estão se mudando a todo momento, e, agora, estão tomando conta de uma casa na zona rural. Eles são mexicanos e o dono da casa (um japonês) foi levado a um campo de concentração no interior dos Estados Unidos. Ela logo faz amizade e revelações também vem a tona no final da história.
Adorei a ideia da autora de colocar uma personagem feminina, musicista e corajosa no papel principal. Ela também é uma criança prodígio e iria tocar no rádio (se não fosse a mudança constante dos pais).
Não foi uma história tão impactante quanto as outras, mas me prendeu de jeito e consegui lê-la em apenas um dia e meio. Ivy é muito corajosa e muito confiante. Se ela pensa, ela fala e solta tudo que está na garganta. Também podemos ver a falta do irmão (que foi servir no exército).
Muitas famílias tiveram que abandonar parentes íntimos para poder servirem na Segunda guerra, e isso foi muito bem retratado no livro.

Enfim, adorei o livro e, não é atoa que ele já ganhou vários prêmios na literatura norte-americana. É um livro incrível e que vale muito a pena ser lido por todos! Diria que é um livro necessário hahaha.
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